ATA DA SEXAGÉSIMA SÉTIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 12-7-2012.
Aos doze dias do mês de julho do ano de dois mil e doze,
reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal
de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda
chamada, respondida pelos vereadores Airto
Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá,
Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de
Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, José Freitas, Luiz
Braz, Mauro Zacher, Professor Garcia e Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de quórum, o
senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão,
compareceram os vereadores Adeli Sell,
Elias Vidal, Elói Guimarães, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Márcio Bins Ely,
Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Paulinho Rubem Berta, Sebastião
Melo, Sofia Cavedon, Toni Proença e Waldir Canal. Do EXPEDIENTE, constaram Ofícios do Fundo
Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, emitidos nos dias vinte e sete e
vinte e oito de junho do corrente. A seguir, foi iniciado o período de
COMUNICAÇÕES, hoje destinado a assinalar o transcurso do quadragésimo segundo
aniversário da Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Sul, nos termos do
Requerimento nº 060/12 (Processo nº 1617/12), de autoria do vereador Carlos
Todeschini. Compuseram a MESA: os vereadores Mauro Zacher e Carlos Todeschini,
respectivamente Presidente e 1º Secretário da Câmara Municipal de Porto Alegre,
presidindo os trabalhos; o coronel Oscar Luis Moiano, Subchefe da Defesa Civil
do Estado do Rio Grande do Sul; e o senhor Léo Antônio Bulling,
Coordenador-Geral da Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Sul. Em
COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Carlos Todeschini, como proponente,
Dr. Thiago Duarte, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Kevin Krieger e
Engenheiro Comassetto. Após, o senhor Presidente convidou o vereador Carlos Todeschini
a proceder à entrega, ao coronel Oscar Luis Moiano, de Diploma alusivo à
presente solenidade, concedendo a palavra a Sua Senhoria, que agradeceu a
homenagem prestada por este Legislativo. Às quatorze horas e quarenta e um
minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às
quatorze horas e quarenta e dois minutos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se os vereadores Engenheiro Comassetto, Mauro Pinheiro, João
Antonio Dib, Dr. Thiago Duarte e Idenir Cecchim. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se
a vereadora Sofia Cavedon e os vereadores Toni Proença, Tarciso Flecha Negra,
Dr. Thiago Duarte, este em tempo cedido pelo vereador Sebastião Melo, e Idenir
Cecchim. Na oportunidade, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo
vereador Sebastião Melo, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da
presente Sessão. Também, foram votados conjuntamente e aprovados Requerimentos
de autoria da vereadora Fernanda Melchionna e do vereador João Bosco Vaz,
solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares, respectivamente
para os dias onze e dezesseis de julho do corrente. Durante a Sessão, o
vereador Tarciso Flecha Negra manifestou-se acerca de assuntos diversos. Às
quinze horas e quarenta e três minutos, constatada a inexistência de quórum, em
verificação solicitada pelo vereador João Antonio Dib, o senhor Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão
Ordinária da próxima
segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores
Mauro Zacher, Carlos Todeschini e João Antonio Dib e secretariados pelo
vereador Carlos Todeschini. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após
distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Passamos às
Hoje este período é
destinado a assinalar o transcurso do 42º aniversário da Defesa Civil do Estado
do Rio Grande do Sul, nos termos do Requerimento nº 060/12, de autoria do Ver.
Carlos Todeschini, Processo nº 1617/12.
Convidamos para
compor a Mesa o Cel. Oscar Luis Moiano e o Sr. Léo Antônio Bulling,
Coordenador-Geral da Defesa Civil.
O Ver. Carlos Todeschini, proponente desta
homenagem, está com a palavra em Comunicações.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente,
Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Quero dizer que é uma honra muito grande a oportunidade de estar
aqui homenageando a Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Sul.
Hoje tenho imenso prazer de estar aqui propondo
este justo reconhecimento à nossa Defesa Civil. Esses profissionais têm o grande desafio de minimizar os danos humanos, materiais e
ambientais e os consequentes prejuízos econômicos e sociais resultantes das
mais diversas ocorrências. Com esta homenagem, quero reverenciar os 42 anos do
serviço no Estado e despertar em cada um o cumprimento por parte das
autoridades públicas com esse serviço.
Hoje, a Defesa Civil
se organiza em sistemas abertos com a participação de Governos locais e da
população no desencadeamento de ações preventivas e de resposta aos desastres.
Portanto, aproveito este momento para registrar que os profissionais envolvidos
na defesa possuem a percepção de que o risco é diretamente proporcional ao grau
de desenvolvimento social das nossas cidades.
Em nosso Estado, em
especial na nossa Capital, os trabalhadores da Defesa Civil têm desenvolvido um
trabalho destacado pela agilidade e preocupação em proteger a população e
oferecer assistência e defesa permanente contra qualquer tipo de calamidade
pública. Portanto, sua principal missão é socorrer as pessoas ou as comunidades
atingidas a fim de minimizar as situações de adversidades em que elas se
encontram, missão essa que está sendo realizada com grande êxito.
Na Defesa Civil, temos
hoje homens e mulheres que educam e orientam; por eles, as comunidades são
informadas sobre procedimentos e condutas que devem ser adotadas nas
ocorrências de eventos e também sobre os diversos cuidados que devem ser
adotados na rotina com o propósito de evitar todo e qualquer desastre.
“A vida em primeiro
lugar” não é só um lema que cada um desses profissionais leva em sua vida, e,
sim, uma missão que é cumprida a cada dia, a cada novo evento inesperado.
É bom lembrar que só
nos últimos tempos, Cel. Oscar Luis Moiano, tivemos a grande enchente de São
Lourenço, quando a Defesa Civil foi preventiva e precavida, pois conseguiu, com
um alerta, fazer o salvamento de praticamente todas as pessoas e da maior parte
do patrimônio. Lembramos o caso de Sapiranga, quando fortes chuvas causaram
enormes desastres àquela comunidade, e a Defesa Civil foi impecável no
trabalho. Vamos lembrar aqui de todos os temporais, tempestades, mas também da
seca, da estiagem que nos assolou; a Defesa Civil está presente na maior parte
dos Municípios, atendendo a todos de forma republicana.
A Defesa Civil tem
desempenhado – não é de hoje –, nesses 42 anos, um trabalho exemplar, cidadão,
republicano, fundamentalmente em defesa da vida, quer seja na enchente, quer
seja na estiagem. Ela tem sido a salvaguarda, tem sido a âncora, tem sido a mão
que ampara todas essas pessoas, todas essas famílias que, independente de
classe social, são atingidas pelas intempéries, pelos fenômenos da natureza.
Portanto, aqui fica, Cel. Oscar Luis Moiano e toda sua equipe, a nossa grande
homenagem para que a Defesa Civil amplie e cresça em importância, porque a
gente sabe que a natureza está mudando, e, cada vez mais, nós precisamos estar
alertas e, cada vez mais, dependemos da função pública preparada para enfrentar
os fenômenos da natureza, que estão cada vez mais presentes. Um grande abraço e
longa vida à nossa Defesa Civil! Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Obrigado, Ver.
Carlos Todeschini.
O Ver. Dr. Thiago
Duarte está com a palavra em Comunicações.
O SR. DR. THIAGO DUARTE: Presidente,
quero, sem dúvida nenhuma, louvar a atitude do Ver. Carlos Todeschini, uma vez
que observamos, nas grandes dificuldades, nas grandes intempéries,
principalmente na periferia da Cidade – local em que eu atuo como médico há 13
anos –, a presença da Defesa Civil naqueles momentos mais nevrálgicos, nos
momentos mais difíceis para aquelas comunidades que, muitas vezes, perdem o
pouco que têm; são comunidades que, às vezes, têm pouco e acabam perdendo tudo
nessas intempéries do meio ambiente. Então, que possamos, cada vez mais,
fortalecer corporações como essa, desses servidores que vemos aqui para, sem
dúvida alguma, continuarem atuando na busca do bem comum. Obrigado, Presidente.
Parabéns à Defesa Civil!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): A Ver.ª
Fernanda Melchionna está com a palavra em Comunicações.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Muito
rapidamente, gostaria de cumprimentar todos os trabalhadores e trabalhadoras da
Defesa Civil, os representantes que estão aqui no dia de hoje para receber a
homenagem do Ver. Carlos Todeschini e, também, atestar o trabalho excepcional
que a Defesa Civil faz no nosso Estado e no nosso Município. Foi bem lembrada na
tribuna a questão de São Lourenço, uma tragédia natural que afetou a vida de
centenas de pessoas. Recordo muito bem das enchentes recorrentes nas Ilhas, na
Ilha Grande dos Marinheiros, que tem problemas na sua regularização. O Estado
não cumpre com a sua função de regularizar de uma vez, para que as pessoas
possam ter sua casa própria, fazer os seus aterros, enfim, o que é necessário.
E, sempre quando tem enchente, como em 2009, que foi enorme, a Defesa Civil,
imediatamente, com seus profissionais, atua para resolver, para ajudar as
famílias atingidas.
Ao homenageá-los e
parabenizá-los pelo aniversário, desejo vida longa à Defesa Civil, quero também
fazer um alerta do papel fundamental do desenvolvimento do Sistema de Alerta
aos Desastres Naturais, que está previsto há mais de três anos; ele teve as
verbas cortadas, e, este ano, saiu um pouco de verba, o que é fundamental para
que seja de fato executado com todos os recursos necessários para que possamos
estar preparados, a Defesa Civil e a sociedade para as intempéries e os
fenômenos naturais que atingem diretamente as famílias no Brasil afora e também
aqui no Estado do Rio Grande do Sul e em Porto Alegre. Parabéns! Vida longa à
Defesa Civil!
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Idenir
Cecchim está com a palavra em Comunicações.
O SR. IDENIR CECCHIM: Presidente, Mauro
Zacher; Cel. Moiano; meu amigo e companheiro Léo Antônio Bulling; eu queria
dizer que a homenagem que o Ver. Carlos Todeschini está prestando à Defesa
Civil é muito justa. Eu aprendi muito com o Cel. Bulling, quando eu trouxe um
Coronel-Bombeiro para ser Secretário Adjunto da Indústria e Comércio do
Município, e que também me sucedeu na SMIC como Secretário com uma competência
enorme, me ajudou a fazer o grande projeto do Camelódromo, e passou para a
Defesa Civil. Então, eu perdi o meu Secretário, o meu braço direito da SMIC para a
Defesa Civil do Município, e quem ganhou certamente foi o cidadão. Eu tenho
certeza, Cel. Moiano, que a Defesa Civil – tanto do Estado quanto do Município
– se doa um pouquinho mais do que o necessário, doa-se com a alma na hora
difícil; tem que ser o soldado, o bombeiro, o médico, o psicólogo – nas horas
mais difíceis a Defesa Civil está junto ao cidadão. Então, deixo os meus
cumprimentos.
Vida longa a todos aqueles que participam da Defesa
Civil do Estado, e, Cel. Bulling, por extensão, também aos nossos da Defesa
Civil de Porto Alegre!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Kevin Krieger está com a palavra em
Comunicações.
O SR. KEVIN
KRIEGER: Presidente Mauro; quero cumprimentar o Cel. Moiano, o Cel. Bulling –
grande parceiro, estivemos juntos no Município; quero parabenizar pelos 42 anos
de trabalho que a Defesa Civil vem fazendo no Estado do Rio Grande do Sul.
Também quero aproveitar, como tivemos muita relação com a Defesa Civil do
Município – não é, Cel. Bulling? –, que trabalha sempre em parceria com a
Defesa Civil do Estado, para ressaltar que, em momentos tão difíceis, vem
fazendo, realmente, um trabalho maravilhoso que devolve a todos os cidadãos as
garantias dos seus direitos.
Então, o Partido Progressista os parabeniza, em
nome dos Vereadores João Dib, João Carlos Nedel, Beto Moesch e em meu nome,
pelo trabalho que a Defesa Civil vem fazendo nesses 42 anos e também da Defesa
Civil do Município, com a qual trabalhamos juntos durante muitos anos pela
Fundação de Assistência Social e Comunitária, sempre em parceria com a Defesa
Civil do Estado. Parabéns!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Zacher): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra em
Comunicações.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Presidente Mauro Zacher; prezados visitantes;
nossos convidados Cel. Moiano e Cel. Bulling; quero, em nome da minha Bancada
do Partido dos Trabalhadores, já que esta homenagem foi também proposta pelo
colega Ver. Carlos Todeschini, em nome de todos – Adeli Sell, Maria Celeste,
Sofia Cavedon, Mauro Pinheiro e em meu nome – dizer que a Defesa Civil, cada
vez mais, precisa estar qualificada, integrada e preventivamente preparada,
principalmente nesses momentos em que as mudanças climáticas se apresentam como
uma realidade, não é mais uma ficção, e os desastres naturais, entre outros,
estão aí colocados. Nós, que trabalhamos em Porto Alegre muito com esse tema do
pensar a Cidade, do planejar a Cidade, queremos dizer que temos, neste momento,
uma carência, principalmente nas ocupações que se colocam, cada vez mais, em
locais de risco, e nós precisamos, previamente, trabalhar. E aqui na Câmara,
nós temos feito esse debate, essa discussão. Então, em nome do nosso Partido,
quero aqui cumprimentá-los e nos colocar sempre à disposição para essa nobre
tarefa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Obrigado, Ver. Engenheiro Comassetto. Quero
convidar o proponente da homenagem, Ver. Carlos Todeschini, para fazer a
entrega do Diploma alusivo ao evento.
(Procede-se à entrega do Diploma.)
(O Ver. Carlos Todeschini assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Cel. Oscar Luis Moiano, subchefe da Defesa Civil
do Estado do Rio Grande do Sul, está com a palavra.
O SR. OSCAR
LUIS MOIANO: Excelentíssimo Sr. Presidente da Câmara, Ver. Mauro Zacher; Cel. Léo
Antônio Bulling, representante da Prefeitura de Porto Alegre e
Coordenador-Geral da Defesa Civil; digníssimo Ver. Carlos Todeschini, desde já,
agradeço a honra desta homenagem à Defesa Civil do Estado, na sua pessoa, saúdo
todos os Vereadores e Vereadoras presentes e, desde já, declaro que nos
sentimos honrados pela homenagem feita por esta Câmara, por esta importante
Casa Legislativa do Município de Porto Alegre.
Senhores, que o nosso mundo passa por
crescentes transformações, é uma realidade. Temos presenciado, nos últimos
anos, que as mudanças climáticas, os eventos adversos têm acontecido – se os
senhores acompanham pelos noticiários a realidade atual – com mais
frequência e cada vez com mais intensidade. Assim tem sido no mundo, em
diversos países; assim tem sido no nosso País, e não tem sido diferente no
nosso Estado, Rio Grande do Sul.
No ano de 2011 nós tivemos em torno de mil mortes
só por deslizamentos de terra no Brasil. Aqui no Rio Grande do Sul, foram em
torno de dez mortes. Mesmo que nós não tenhamos aqui um histórico de deslizamentos
de terra por ocupações de encostas, nós tivemos esse número de mortes no
Estado.
A Defesa Civil atua como um sistema hoje no País,
através da Secretaria Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração
Nacional, a Coordenadoria Estadual aqui no Rio Grande do Sul, e as
coordenadorias municipais. O nosso foco principal tem sido no sentido de
trabalhar com as Defesas Civis Municipais. E aí entra a grande importância dos
senhores como Vereadores do Município mais importante do Estado, que é Porto Alegre.
Por quê? Porque é lá nas áreas de risco dos Municípios que as coisas acontecem.
Se os nossos municípios estiverem minimamente preparados, os danos serão
menores. Em São Lourenço do Sul, que foi citado aqui, nós tivemos sete mortes
naquela grande enxurrada. E poderiam ter sido 70 ou mais, não tivesse aquele
Município feito, na madrugada, uma ação preventiva, no sentido de deslocar um
carro de som mandando as pessoas abandonarem suas casas. Poderia ter sido muito
maior aquele número. Essa pequena ação preventiva foi o diferencial naquele
episódio.
Hoje, nós estamos fazendo um trabalho muito forte,
no sentido de prevenção e de preparar as Defesas Civis dos Municípios.
Obviamente que essa não é a parte mais visível da Defesa Civil. Infelizmente,
quando do socorro onde há vítimas, onde há todo um apelo mais midiático, a fase
do socorro é a que acaba sendo mais divulgada, mas os trabalhos preventivos que
fazemos diuturnamente nos Municípios quase não têm visibilidade. E é aí que os
senhores entram e podem contribuir muito conosco. Os senhores podem nos ajudar
a difundir no Município, seja através de projetos, seja através de pressão,
pela autoridade que têm no Município, para que este tema, Defesa Civil, seja
tão importante no Município como é a Segurança, a Saúde e a Educação. Não
podemos apenas nos lembrar da Defesa Civil quando tem enchente, quando há
deslizamentos de terra.
Como o dia hoje é de homenagem, para não nos
estendermos muito, eu quero repetir que nós, como representação da Defesa Civil
do Estado, da própria Defesa Civil do Município, queremos agradecer aos
senhores – nós nos sentimos lisonjeados com esta homenagem no dia de hoje.
Gostaria de dizer que todos nós somos Defesa Civil. Os senhores inclusive
integram a Defesa Civil, porque todos nós trabalhamos, em especial, pela
proteção da população e pelo bem-estar geral da população.
Então, o nosso muito obrigado, e, mais uma vez, eu
repito: nos sentimos gratificados, lisonjeados e motivados ao trabalho por uma
homenagem feita pelos senhores, como esta aqui no dia de hoje. Muito obrigado.
(Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Fica assim este período, Cel. Oscar Luis Moiano,
e, em seu nome, nós cumprimentamos todos os agentes da Defesa Civil do Estado
do Rio Grande do Sul, e na pessoa do Cel. Bulling, da Defesa Civil de Porto
Alegre, que age integradamente porque, Ver. Cecchim e demais Vereadores, é um
serviço que não tem partido, que não tem cor: é o serviço em defesa da vida e
do patrimônio das pessoas no Rio Grande, Porto Alegre, no Brasil e no mundo.
Nós estamos muito bem lembrados e ainda estão presentes os fenômenos ocorridos
lamentavelmente nas cidades de Petrópolis e Teresópolis, no Rio de Janeiro,
assim como, não menos importantes, os fenômenos de São Lourenço do Sul, Arroio
do Padre, Sapiranga e todos os municípios flagelados pelas seca, e todos têm na
Defesa Civil a sua salvaguarda para minimizar o sofrimento, para minimizar os
impactos e para defender a vida. Então, fica aqui a homenagem desta Casa à Defesa
Civil do Rio Grande do Sul nos seus 42 anos de atividade na defesa da
cidadania, na defesa das pessoas, na defesa da vida e do patrimônio dos
gaúchos. Muito obrigado, e parabéns, mais uma vez, à Defesa Civil.
Suspendo a Sessão para as despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h41min.)
O
SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini – às 14h42min): Estão
reabertos os trabalhos.
O
Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Carlos Todeschini, na
presidência dos trabalhos; colegas Vereadoras, Vereadores; senhoras e senhores,
quero aqui, Ver.ª Sofia Cavedon e Ver.ª Maria Celeste, falar sobre um tema
muito importante, neste momento, relacionado à Saúde. Nós estamos em plena
campanha de vacinação contra a Gripe A, e eu recebi a manifestação de uma
categoria muito importante da cidade de Porto Alegre e quero dialogar aqui com
a Direção da Carris, com o Zimmermann e com o Carlos Alexandre. É de extrema
importância que aquela categoria da Carris – que tem hoje cerca de 2.100
funcionários – possa receber vacinação contra a Gripe A. Foi anunciado, Ver.
Cecchim – o senhor, que prestou uma homenagem há poucos dias –, que eles
receberiam essa vacina. E foram cerca de 500 funcionários somente, mesmo assim
tendo que pagar uma taxa.
Eu trago esse tema no sentido de que nós venhamos a
dialogar com a Direção da Carris, para que possamos estender essa vacinação a todos os trabalhadores que
têm contato direto com a população, porque esses trabalhadores que agem
diariamente nos ônibus, de um lado para o outro na Cidade, têm contato com
milhares de pessoas. Portanto, venho aqui, em nome do meu Partido, a pedido de
membros da Comissão de Funcionários da Carris, sugerir que nós – Ver. Cecchim,
o senhor, que tem uma relação direta com o Zimmermann e com o Carlos Alexandre
– enfrentemos esse problema rapidamente, até porque lá foi detectado que três
funcionários – dois motoristas e uma cobradora – contraíram a Gripe A nesse
último período.
E o segundo tema é a respeito de um plano de saúde
que os rodoviários contrataram através da ATP, que é do Centro Clínico Gaúcho.
Já há uma determinação do Ministério Público no sentido de que se façam cumprir
esses contratos existentes; é uma polêmica toda existente na cidade de Porto
Alegre, porque esses trabalhadores estão praticamente desprotegidos por esse
plano de saúde. Quando uma empresa, quando os transportadores, no caso da ATP,
bem como da Carris, contratam um plano de saúde através da iniciativa privada,
é para ter atendimento imediato.
Nós temos um caso específico: segundo reportagem do
RBS Notícias de ontem, na marcação de uma consulta, uma usuária do Plano de
Saúde detectou que ela seria para dali a 60 dias. Ele desligou o telefone e
pediu que a jornalista ligasse para o mesmo convênio de saúde, dizendo que era
uma consulta privada, e a marcaram para o dia seguinte. Então, há um problema,
porque, se as empresas, se as companhias, se esses segmentos dos rodoviários
pagam o plano de saúde, eles têm que ter o mesmo atendimento de quem paga a
consulta de forma privada, no mesmo dia. Esse é um tema específico, mas é um
tema de importância para essa categoria que transporta a população de Porto
Alegre diariamente.
Também quero registrar aqui, prezado Ver. João
Antonio Dib, que, no tema da saúde, nós conquistamos na cidade de Porto Alegre
a construção de quatro UPAs, Unidades de Pronto Atendimento em Porto Alegre,
sendo que não se efetivou a construção de duas delas, uma na Região Sul e uma
da Região Leste da cidade de Porto Alegre. Portanto, está prevista, para a
Região Sul, lá na região de Ipanema, uma Unidade de Pronto Atendimento. O
recurso está em caixa já faz algum tempo, e esse recurso necessita do quê? Da
gestão pública municipal; necessita que a Prefeitura apresente projeto,
coordene e faça a execução. Portanto, essas duas UPAs estão fazendo falta na
cidade de Porto Alegre, na região do Partenon e na região de Ipanema, Guarujá,
Serraria, Lami, Hípica, Campo Novo e toda aquela região, uma Unidade de Pronto
Atendimento, que é um projeto do Governo Federal para instalar quinhentas em
todo o Brasil. A população precisa de uma boa saúde. Um grande abraço, e muito
obrigado.
(Revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra em
Comunicações.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Carlos Todeschini; Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, compartilho uma grande preocupação que vinha expondo nesta tribuna,
muitas vezes com reações adversas de alguns Vereadores, que hoje está
comprovada: a falta de cobrança do cumprimento do Estudo de Impacto Ambiental
pela empresa OAS, que tem o nome Arena Navegantes, OAS Navegantes... Não sei
bem o nome da empresa que hoje responde pela construção da Arena do Grêmio. O
Estudo de Impacto Ambiental aprovado pela SMAM, condição para que o
empreendimento acontecesse, um empreendimento que será de mais de R$ 600
milhões, a Arena do Grêmio tem quatro prédios de apartamentos, 1.700
apartamentos construídos; acontece numa área que foi tornada da Arena do
Grêmio, mas que foi trocada por uma outra área cuja diferença beneficiou o
empreendimento Arena do Grêmio em R$ 30 milhões; empreendimento que recebeu
isenção de impostos municipais, estaduais e federais para todo o empreendimento
durante toda a obra. Repito isso calmamente, para não dizerem que não houve
incentivos – houve, sim, e importantes, muito importantes – para o
empreendimento Arena do Grêmio. E, no entanto, a contrapartida prevista no
processo, condição para a aprovação do empreendimento, EIA-RIMA aprovado pela
SMAM, explicitava, como contrapartida, como medida mitigatória, Ver.
Todeschini, Ver. Mauro, as vias do entorno da Arena do Grêmio – todas as vias:
a Av. A. J. Renner realizada em toda a sua dimensão, em todas as suas pistas;
completar, organizar a Av. Presidente Roosevelt; melhoria das paradas de
ônibus... Ou seja, todo o sistema viário no entorno da Arena do Grêmio está
previsto, Ver. Paulinho, está no processo de aprovação do empreendimento OAS,
listado como de responsabilidade do empreendedor, assim aprovado pela SMAM. E o
Prefeito Municipal de Porto Alegre, Sr. José Fortunati, está buscando recursos
públicos para fazer a contrapartida que a OAS tem responsabilidade de fazer!
Está instalado no Ministério Público o inquérito civil público, e no Tribunal
de Contas também há um pedido de representação.
O Sr. Mauro
Pinheiro: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Inclusive esse
compromisso foi assumido em Audiência Pública pela empresa OAS. Então, está
tudo gravado. E agora a Prefeitura Municipal, sem cuidado com o dinheiro
público, quer assumir o custo do empreendedor! É um desperdício do dinheiro
público não cobrar que a OAS faça as obras mitigatórias, previstas inclusive em
Audiência Pública.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Acho que V. Exa. está sendo suave. Isso é uma irresponsabilidade do
Município de Porto Alegre gravíssima! Gravíssima! Porque o processo de
aprovação, as medidas compensatórias, as medidas mitigatórias estão previstas
em lei; o Estudo de Impacto de Vizinhança é previsto em lei, e o que foi
comprometido tem que ser realizado,
sob pena de lesar o patrimônio público.
O Secretário Urbano foi à reunião do Conselho do
Plano Diretor – está gravado em Ata – e afirmou que tudo será feito com
recursos públicos. É inaceitável! Por quê? Porque a Arena do Grêmio tem um
financiamento de mais de R$ 400 milhões para ser construída, vindos do BNDES,
Ver. Toni, a 4,575% de juros – juros no mínimo metade dos de mercado.
Então, a Arena estará sendo financiada com dinheiro
público. Serão pagos os empreendimentos, que são os quatro blocos de
apartamentos, mais o hotel, isso e aquilo. Isso é lucro puro da empresa, e está
sob área pública! Então, não cobrar as medidas que podem beneficiar Porto
Alegre é irresponsabilidade.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, público que nos
assiste nas galerias e pelo Canal 16; Ver. Carlos Todeschini, é lamentável que
nós, hoje pela manhã, durante a nossa Comissão Parlamentar de Inquérito,
tivemos a interrupção da Sessão em pleno depoimento da Sra. Magela, que era
bastante esclarecedor, Ver.ª Sofia Cavedon. Os Vereadores da base do Governo
interromperam, saíram da Sessão, pediram verificação de quórum para acabar a
Sessão durante o depoimento da Sra. Magela, pois era bastante esclarecedor. A
Sra. Magela nos afirmou – ela que era coordenadora pedagógica –, que, durante
os Jogos Gaúchos de Verão, realizava a parte de Recursos Humanos, que
verificava, que contratava, que foi aos Municípios no entorno de Porto Alegre e
Região Metropolitana para convidar, trazer os jovens para participarem dos
Jogos Gaúchos de Verão. E por que isso é esclarecedor para os senhores e as
senhoras que nos assistem? Porque o Instituto Nacional América – INA –, que
recebeu mais de R$ 500 mil – Ver. João Antonio Dib –, nos disse por diversas
vezes, que era, Ver. Tarciso, o responsável pelos Recursos Humanos, pela
organização, pelo controle, por tocar os Jogos Gaúchos de Verão. E a Sra.
Magela nos disse o contrário, que ela que fazia isso. Então, parece que está se
comprovando que o Instituto Nacional América recebeu os R$ 500 mil e não fez realmente
nada, porque até agora não nos conseguiu comprovar o que realmente fez. E mais
ainda, a Sra. Magela não conseguiu identificar as pessoas, quando o Ver. Carlos
Todeschini leu vários nomes que foram entregues pelo Sr. Carlos Ranheiri, que é
o Presidente do INA, das pessoas que, supostamente, trabalharam dentro o
Instituto Ronaldinho Gaúcho e do INA para prestar esses serviços. O Ver. Carlos
Todeschini leu uma relação de nomes, e a Sra. Magela que era coordenadora
pedagógica, que lidava com as pessoas, que era responsável pelos Recursos
Humanos, nos disse que não conhecia, não lembrava ter conhecido nenhum daqueles
nomes. De uma lista de 13, ela reconheceu dois ou três. Será que essas pessoas
realmente trabalharam lá, Ver. João Antonio Dib? A cada dia que passa as
dúvidas aumentam. Ver. Todeschini, então, se a Sra. Magela, que era
Coordenadora, não reconhece os nomes, parece que aquelas irregularidades,
aquelas suspeitas de má-fé e corrupção estão se aproximando muito rápido,
inclusive o Sr. Italgani Mendes, que era o Diretor, consultor ou sei lá o que
do Instituto Nacional América – nós não conseguimos entender até agora –, que
faria o seu depoimento hoje, ontem à tarde o seu advogado, que é o mesmo do
Presidente do Instituto, Sr. Carlos Ranheiri, esteve aqui nesta Casa,
entregando um atestado médico dizendo que ele está doente e não poderia
comparecer.
Então parece que o Instituo Nacional América não
vai conseguir realmente esclarecer qual trabalho que fez. Ele apresentou notas
fiscais em série – como todos estão lembrados –, não consegue dizer o que fez.
Parece que aí temos um problema grave e sério. Só tem um jeito de comprovarmos,
Ver. Todeschini. Acabei de protocolar, já que durante a CPI os Vereadores da
base do Governo terminaram com a reunião de hoje, protocolei para que na
próxima reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito, na volta do recesso, Ver.
João Antonio Dib, seja votado o pedido de quebra do sigilo fiscal, bancário e
telefônico do Instituto Nacional América, do Sr. Italgani Mendes de Almeida e
do Sr. Carlos Ernani Ranheiri Filho, Presidente do Instituto Nacional América.
Então, estamos apresentando esses Requerimentos, já estão protocolados, e na
volta do recesso, Ver. Tarciso, colocaremos em votação. Espero que os
Vereadores votem favoravelmente, porque, com essa quebra do sigilo bancário,
fiscal e telefônico, conseguiremos comprovar, com certeza, Ver. João Antonio
Dib, a corrupção e a má-fé.
Eu aprendi que não interessa o valor, Ver. Cecchim,
que nós temos que investigar, e assim o faremos. O Ver. Cecchim vem a esta
tribuna acusar, dizendo que os meus assessores ganham mais do que estamos
investigando. Ver. Cecchim, não nos interessa o valor, nós queremos buscar a
verdade, e dinheiro público, se for R$ 100 mil, R$ 200 mil, R$ 1 milhão, R$ 2
milhões, nós queremos que ele seja bem gasto, gasto com a população; que a
população tenha o que é de melhor, e não ficar dizendo que está se investigando
muito pouco, que se gasta muito mais para investigar. O dinheiro público tem
que ser tratado com carinho, porque a população merece, Ver. João Antonio Dib.
Então, eu acho que o Ver. Cecchim foi muito infeliz
na sua fala na semana passada. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, hoje pela manhã eu
dizia, e reafirmo agora, com muito mais convicção, de que essa CPI é para
lamentar. É para lamentar! É incrível o que está ocorrendo aqui! Eu sou um
homem paciente, sou um homem simples, tenho bastante experiência para dizer que
não conheço, dentre os Vereadores, alguém capaz de questionar quem se convoca
para a CPI. Hoje, uma das convocadas era orientadora pedagógica dos convênios
da Prefeitura com o Instituto Ronaldinho. Era contratada pelo Instituto
Ronaldinho. Os questionamentos feitos foram: “Quero saber por que não pagaram o
restaurante que forneceu as refeições? Por que não deram pagamento em cheque,
por que não creditaram em uma conta corrente?” O que é isso? Ela é orientadora
pedagógica e não uma tesoureira para saber o que pagaram ou deixaram de pagar.
Ela fez a parte dela com brilhantismo, tenho eu a convicção, pelo que ela
trouxe de esclarecimento a essa CPI, que é para lamentar. Para lamentar! Agora,
nós vamos pedir quebra de sigilo bancário, de sigilo fiscal, de sigilo
telefônico, como se isso fosse a coisa mais fácil do mundo, e por decisão de S.
Exa., o Sr. Presidente e meu bom amigo, Mauro Pinheiro? Não! Isso não é assim,
o Plenário vai ter que decidir. Nós temos muito mais o que fazer. Nós não
podemos querer que uma orientadora pedagógica conheça todas as pessoas que participaram do
evento, ou não queremos que ela analise o pronunciamento do Secretário Busatto.
Não tem sentido! Ela não é analista, ela não é a pessoa indicada para dizer se
o Secretário falou... E depois vamos interpretar bem o que o Secretário disse.
O Secretário disse que não foi problema de má-fé do Instituto Ronaldinho Gaúcho
e, sim, problema de má gestão. O que ela vai saber da gestão? Ela era
orientadora pedagógica, ela não dirigia o Instituto, ela não dirigia coisa
alguma: ela orientava pedagogicamente. Agora, faltou uma coisa, deveriam ter
dito o nome de todos aqueles meninos e meninas que passaram pelo Instituto
Ronaldinho Gaúcho para ver se ela conhecia também! Porque foi o que perguntaram
para ela, doze ou treze pessoas. Eu não sou obrigado a conhecer! Eu sou mau
fisionomista. Eu, João Dib, sou mau fisionomista, muito mau fisionomista! Se me
perguntarem se conheço Fulano ou Sicrano, eu vou responder que não sei. E nem
tenho obrigação de saber. Eu faço a minha parte como ela fez a dela: ela deu
orientação pedagógica, ela coordenou isso aí e se saiu perfeitamente bem. E eu
a elogiei por isso! Quando ela saiu, eu reiterei o elogio pessoalmente, porque
prova que ela agiu da forma mais correta e competente na função que ela tinha
que exercer, e exerceu na plenitude.
Então,
Sr. Presidente, realmente eu estou convencido que esta CPI não teve fundamento,
até porque não cuidou de fixar-se nos objetivos determinados por lei – tem que
ter objetivo claro e preciso. Hoje, chamaram o representante da Fundação Simon
Bolivar e queriam que ele respondesse uma série de coisas. O homem foi
convidado, não disseram sobre o que ele tinha que falar, lá sabia ele, estava
lá no interior do Estado, veio a Porto Alegre atendendo a um convite de uma
forma gentil, e aí tentam pressioná-lo para que diga como foi o pagamento, como
não foi, quem pagou, quem recebeu, quem, na Prefeitura, assinou. Ora, se foi o
Secretário que assinou, foi a Prefeitura que mandou! Qualquer Vereador sabe
disso, há Executivo e Legislativo, mas nós tínhamos que perguntar: quem é na
Prefeitura, qual foi o nome da pessoa que assinou?! Para um pouquinho, foi a
Prefeitura. Foi o Secretário do Governo? Foi o Secretário de Educação? Não
importa! Ele estava exercendo a plenitude, o seu mandato de Secretário, ele
estava falando em nome da Prefeitura. Nós temos que perguntar isso aqui? Isso é
questionamento que se faça? E depois uma coisa, não houve retirada de quórum –
foi cansaço! Inclusive, a colocação feita para o Presidente foi de que não havia quórum, mas
que ele considerasse o que estava acontecendo. A decisão de encerrar foi dele!
Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Toni Proença está com a palavra em
Comunicações, por transposição de tempo com o Ver. Tarciso Flecha Negra.
O SR. TONI
PROENÇA: Sr. Presidente, Ver. Carlos Todeschini; Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, senhoras e senhores que nos assistem, trago a esta tribuna um tema
muito importante. Ver. João Antonio Dib, V. Exa., como Líder do Governo,
poderia nos ajudar a construir uma solução para este tema. Tenho conversado
muito com muitos Agentes Comunitários de Saúde, e todos eles são unânimes em
reivindicar o retorno à Capacitação Continuada dos Agentes Comunitários de
Saúde. Os Agentes Comunitários de Saúde são a ponta, o braço mais extenso da
Saúde Pública em Porto Alegre, e eles reclamam que há muito tempo deixaram de
receber a Capacitação Continuada.
Reclamam também que estão sem o Programa de
Acolhimento. Ver. Sebastião Melo, V. Exa., que tem contribuído muito nos temas
da Cidade, pode ajudar nisso. O Programa de Acolhimento permitia que esse
braço, o mais extenso da Saúde Pública em Porto Alegre, não só tratasse de
saúde com as pessoas, principalmente na
periferia da Cidade, mas que tratasse do acolhimento, da afetividade, da
atenção aos problemas que as pessoas enfrentam, principalmente as pessoas da
periferia, de comunidades mais deprimidas, que não têm com quem contar senão
com agentes públicos para tentar resolver os seus problemas. A terceira
reivindicação dos Agentes Comunitários da Saúde é justamente a falta de
transversalidade no Governo. Eles conseguem apontar, ao posto de saúde,
problemas de saúde da comunidade, dos cidadãos, das cidadãs, mas não conseguem
apontar – através dessa verificação e dessa atuação na comunidade –, para o
DEMHAB, problemas sérios de moradia, de fornecimento de água e energia,
problemas de falta de saneamento básico.
Antes, os Agentes Comunitários de Saúde eram
responsáveis por trazer, à rede de todo o Governo, essas informações e
encaminhar soluções. Isso aos poucos foi abandonado, e, hoje, os Agentes
Comunitários de Saúde têm, infelizmente, Ver. Carlos Todeschini, tratado
somente da saúde. Já é muito, mas eles podiam aproveitar essa vivência, essa
convivência, essa interação com as pessoas na comunidade para também construir
acolhimento e transversalidade, que são os principais problemas de homens e de
mulheres mais necessitados desta Cidade.
Portanto, Ver. Antonio Dib, gostaria que V. Exa.
fosse parceiro – assim como o Ver. Sebastião Melo, que é uma das lideranças
deste Governo – para interceder, junto à Secretaria de Saúde, para que esses
programas fossem retomados, e a Secretaria de Saúde e o Poder público pudessem
contribuir na melhoria da qualidade de vida dos homens e mulheres que mais
precisam do Poder público, que mais precisam do Estado.
Troco de tema, rapidamente, e me reporto ao tema
que trouxe a Ver.ª Sofia Cavedon, sobre as contrapartidas dos empreendimentos
imobiliários de Porto Alegre.
Tenho, tramitando nesta Casa, um Projeto de Lei
simples, mas que podia resolver, em boa parte, esse problema, tão logo ele seja
aprovado. Ele está tramitando, há negociação em todos as instâncias do Governo,
para que se dê mais publicidade às contrapartidas negociadas nos
empreendimentos imobiliários de Porto Alegre. Sejam contrapartidas ambientais,
contrapartidas viárias ou contrapartidas sociais. As contrapartidas existem,
mas estão mal divulgadas, e o Projeto de Lei, de minha autoria, é justamente
para que se dê maior publicidade a essas contrapartidas negociadas, para que a
população tenha acesso a esse tipo de informação. Estamos numa época de acesso
à informação e facilidade de acesso à informação. Portanto, é só uma questão de
decisão política, e a lei, assim, vai obrigar o Governo
Municipal a prestar publicidade dessas contrapartidas. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Tarciso
Flecha Negra está com a palavra em Comunicações.
O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Boa-tarde,
Presidente Todeschini, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras e todos os que nos
assistem, tenho dois assuntos: primeiro, sobre a Saúde – e esse eu vou deixar
com o Dr. Thiago –, a vacina da Gripe A. Como eu tenho diabetes, entre março e
abril eu sempre tomo a vacina, quando disponível nos postos de saúde. Na época,
eu comentei que todos deveriam ter acesso a essa vacina em Porto Alegre, e
agora, Ver. Dib, está acontecendo aquela “corrida ao ouro” pela vacina, pois
está morrendo muita gente por causa dessa gripe. Mas isso aí eu vou deixar com
o Dr. Thiago, que é especialista, é médico.
Segundo, eu quero
falar um pouco sobre a orla do Guaíba, e até eu vou usar uma frase do Toni
Proença: “O vovô está maluco”, mas eu acho que não. Esse é um sonho, essa orla
tão linda que nós temos aqui do Guaíba é mostrada na revista que eu estava
atentamente vendo, Ver. Dib, é uma das orlas mais lindas do Brasil (Mostra
revista.) Essa orla do Guaíba, que sai da Rodoviária, passa pelo bairro Ipanema
e vai até à Praia das Pombas, é um sonho. Quando eu disse que o vovô está
maluco é porque é um sonho, não importa qual o Governo que faça, mas é um sonho
deste vovô aqui que está maluco. Mas eu acredito que alguém vai fazer essa orla
mais bonita ainda. Quando eu vou ao Rio de Janeiro visitar minha irmã, eu passo ali no
aterro do Flamengo, e que orla maravilhosa, onde todo mundo, Ver. DJ Cassiá,
está praticando esportes, correndo, andando de bicicleta, as crianças jogando
futebol, jogando vôlei, basquete. Esse é o sonho que eu tenho para nós aqui, em
Porto Alegre, esse é o meu sonho de ver a orla do Guaíba com esse feitio. Coisa
boa tem que ser copiada. O que eu sempre digo aqui em cima o que é melhor para
a nossa sociedade, o que é o melhor para as nossas crianças, e principalmente
para essas famílias carentes, essas crianças carentes? O que é melhor? É estar
praticando esporte, Ver. Toni Proença, não estar praticando outras atividades,
mas sim praticando esportes, porque isso aí é a formação do cidadão, esta é a
verdade: a educação, o esporte, o lazer, as crianças no colégio, depois do aula
praticando esporte. Eu acho que essa é a formação, e assim eu me formei na
minha cidade, estudando e brincando.
Eu tenho certeza, porto-alegrenses, de que a nossa
Cidade se chama Porto Alegre porque ela é um porto muito alegre, e esse porto,
eu tenho certeza de que vai ficar muito mais alegre, principalmente para essas
famílias carentes que não têm condições de ir à praia no verão, mas que vão ter
grandes condições de desfrutar de uma orla linda e maravilhosa, que vai trazer
muito para Porto Alegre e vai ajudar muito na formação de nossas crianças e dos
adolescentes. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra.
O SR.
SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Primeiro, a minha saudação a V. Exa. Eu quero
fazer um Requerimento para que o Grande Expediente seja transferido para uma
outra Sessão, e que V. Exa. pudesse colocar isso em votação. Houve uma costura
aqui, inclusive eu estou inscrito no Grande Expediente e estou cedendo o meu
tempo ao Ver. Dr. Thiago Duarte, no período de Comunicações.
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Sebastião Melo. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. APROVADO.
Apregoo Requerimento, de autoria da Ver.ª Fernanda Melchionna, que solicita Licença para Tratar de
Interesses Particulares no dia 11 de julho de 2012.
Da mesma forma,
apregoo Requerimento, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que solicita Licença
para Tratar de Interesses Particulares no dia 16 de julho de 2012.
Em votação o
bloco composto pelos Requerimentos acima apregoados. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O Ver. Dr.
Thiago Duarte está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver.
Sebastião Melo, e prossegue a sua manifestação em Comunicação de Líder.
O SR. DR. THIAGO DUARTE: Obrigado,
Presidente; obrigado, Vereador, pela cedência de tempo; eu venho a esta tribuna
fazer uma ampla reflexão, a mesma que fizemos na Comissão de Saúde e Meio
Ambiente esta semana. Independentemente de qualquer matiz partidária, é
importante que façamos essa reflexão. E aqui nós temos tranquilidade para fazer
porque estamos todos envolvidos num ou noutro segmento, seja na gestão
municipal, seja na gestão estadual, seja na gestão federal. Eu quero falar
sobre a questão da Gripe A. Nós temos diversos especialistas – e aqui eu me
socorro de um jornal de grande circulação –, cujo entendimento é de que,
efetivamente, a Gripe deva atingir seu pico no final do mês de julho. (Mostra
jornal.) Tem aqui o Prof. Luciano Goldani, Professor de Infectologia da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul: “O pico da doença deverá ocorrer no
final deste mês”. Também o Prof. Jair Ferreira, epidemiologista do Hospital de
Clínicas: “O pico deve ocorrer até o final do mês”, do mês de julho. E, sem
dúvida nenhuma, isso nos preocupa. Eu gostaria de lembrar que, no ano de 2009, nós tivemos
3,5 mil casos no Estado, tivemos 297 mortes naquele ano e nós não tínhamos,
naquele momento, a vacina disponível. A partir desse episódio, dessa epidemia
que ocorreu, nós tivemos uma grande vacinação no ano de 2010, uma vacinação em
massa, que atingiu mais de cinco milhões de gaúchos, e nós não tivemos nenhum
caso de morte. Na medida em que transcorrem os anos, infelizmente a nossa
população – a nossa origem latina, talvez – baixa a guarda com relação a esse
tipo de vírus e acaba não acorrendo, nas épocas de vacina, às Unidades de
Saúde. E nós tivemos, neste ano, só 1,5 milhão de gaúchos vacinados.
Eu me socorro aqui também da opinião de um pediatra
renomado, Dr. Juarez Cunha: “Deveríamos imunizar a todos”. Essa é a colocação
dele. Quero dizer também que os casos deste ano – nós chegamos hoje já a 29
mortes – superam os casos... São 29 mortes pela Gripe A confirmadas, em que o
doente grave chega ao hospital com síndrome gripal, com quadro de dificuldade
respiratória, e é coletado material. Então, nós temos 29 casos de morte
confirmados pela Gripe A! No ano passado, nós tivemos 14 casos, e nós ainda não
chegamos ao pico.
Existe uma série de iniciativas no sentido de mudar
a vacinação com relação a 2011. Eu quero trazer aqui o foco da nossa reunião de
ontem na Comissão de Saúde e Meio Ambiente, para a qual foram convocados o
Ministério da Saúde, as Secretarias Municipal e Estadual da Saúde e as
Secretarias Municipal e Estadual de Educação: o foco foi dado às escolas. Por
que as escolas? Porque, nas regiões periféricas da Cidade, Ver. Tarciso, é na
escola que existem os maiores aglomerados. Normalmente, nós temos comunidades
que têm a sua vida social na escola. E nós temos uma outra questão muito
importante, que é o depoimento de uma professora de uma escola: “Trabalho muito
a questão de contato entre as crianças, o que é difícil de evitar, porque ele ocorre
desde a fila de entrada até a criança ir embora”. Isso mostra que é muito
difícil, na situação em que as crianças têm uma vulnerabilidade social maior,
afastar esse contato professor-aluno, que acaba sendo importante neste momento.
Em face de tudo isso, desse processo todo, nós
acabamos conversando na reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente e acatando
o que a Secretária da Educação já havia solicitado à Secretaria Estadual e à
Secretaria Municipal da Saúde no sentido de se vacinar a população escolar, de
se liberar, até como grupo de contato, o grupo escolar.
Trago este jornal de grande circulação do dia 8 de
julho: “Prefeitos exigem vacinação geral”. Sem dúvida nenhuma, esta é uma
situação bastante complicada. Muitas pessoas acham que, se o pico é no final do
mês, não vale mais a pena a vacinação. O Dr. Renato Kfouri, Presidente da
Sociedade Brasileira de Imunizações, diz: “Melhor passar metade do inverno
imunizado do que não fazer a vacina”.
Em face de tudo isso, nós fizemos ontem, na reunião
da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, às três esferas, um apelo para que se
pudessem vacinar as crianças em idade escolar e a comunidade escolar, Ver.
Tarciso. É claro que isso vai exigir um esforço maior do Estado, é claro que,
para isso, o Ministério da Saúde vai precisar se mexer porque sobrou vacina em
outros locais da Federação, nós sabemos disso. É importante que esses dois
entes federativos, efetivamente, agora se mobilizem para que a população do Rio
Grande do Sul não sofra. Eu tenho certeza de que a Secretaria Municipal da
Saúde vai acolher essas novas doses de vacina que aqui chegarem, e é importante
que façamos isso. Volto a ressaltar que, hoje, nós já temos 29 casos de morte
pela Gripe A confirmados. Nós precisamos controlar a Gripe A, evitando que ela
se alastre, para que não ocorra a epidemia que ocorreu no ano de 2009.
Certamente nós não teremos a mesma magnitude do problema, mas nós teremos, se
não controlarmos essa epidemia, um reforço desse processo no ano que vem.
Este é o apelo que eu faço desta tribuna, para que
os três entes federativos olhem com cuidado a questão principalmente da Gripe A
nas escolas, porque esses casos têm causado muita preocupação nos grupos de
pais e mestres, nos professores e nos estudantes. As medidas que nós já frisamos
aqui – lavar as mãos, cuidar bebedouros, evitar aglomerações, usar o álcool
gel, procurar orientar toda a população; ao espirrar, não colocar a mão sobre o
rosto, mas procurar espirrar na direção dos braços – são medidas gerais, que
fazem parte de uma mudança de comportamento que a população deve ter, mas têm
que ser conjugadas com medidas preventivas, como a vacinação. Isso é uma
responsabilidade de toda a população. Na época da vacinação, nós não podemos
baixar a guarda. Nós temos que, efetivamente, fazer a vacinação, senão, depois,
nós vamos correr atrás do processo, como está ocorrendo em muitas cidades
gaúchas. Aproveito para mostrar o exemplo de Santa Rosa, que é extremamente
preocupante, com aglomerações de mais de três mil pessoas em volta das unidades,
dos postos de saúde, acorrendo, procurando a vacina.
Então, eu solicito que possamos fazer uma profunda
reflexão, um grande esforço no sentido de prover o Estado do Rio Grande do Sul
e a cidade de Porto Alegre da quantidade necessária de vacinas...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. DR. THIAGO DUARTE: ...Obrigado, Ver. Todeschini. Para realmente poder
fazer essa prevenção nas escolas. Saúde pública se faz assim, com bastante
prevenção e com atenção da população e nossa das
autoridades nesse sentido. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Idenir
Cecchim está com a palavra em Comunicações.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras; na quinta-feira, é sempre muito bom fazer
pronunciamento nesta tribuna porque a Casa nos ouve, e temos assuntos
interessantes.
Eu estava escutando a
Ver.ª Sofia Cavedon falando que o Município, Ver. João Antonio Dib, vai fazer
as medidas mitigatórias com o dinheiro público. Acho que a Ver.ª Sofia Cavedon
está muito apressada em fazer certas denúncias, porque ela mistura alhos com
bugalhos. Uma coisa são as avenidas da entrada de Porto Alegre que, inclusive,
com Av. do Parque ou Estrada do Parque, como querem chamar, vão desaguar
justamente ali na Arena do Grêmio. Então, a Ver.ª Sofia Cavedon, primeiro, tem
que estudar um pouquinho a geografia – estou até pensando em lhe dar um GPS
para ela se localizar na Cidade, emprestar um GPS, assim ela poderá falar
melhor sobre isso. Tem que ver o que é a entrada, a continuação da Av. do
Parque, o que é a Arena do Grêmio e, depois, o empreendimento da OAS, que
certamente vai cumprir, porque nós somos os primeiros a cobrar isso, e a
Prefeitura Municipal, o Prefeito, os Secretários não fariam nada que fosse em
prejuízo do Município; ao contrário: tudo o que for bom para a cidade, nós
todos nos esforçaremos para realizar.
Eu queria aproveitar
um pouquinho deste tempo de Comunicações para falar de alguns Projetos que
consegui implementar e outros que estão em tramitação.
Como Secretário,
Vereador licenciado, consegui inaugurar o Camelódromo, e mudamos
definitivamente o Centro de Porto Alegre, onde se valorizaram os imóveis, os
pontos de comércio; as lojas voltaram a investir no Centro de Porto Alegre, as
pessoas voltaram a morar lá, porque se humanizou, se revitalizou o Centro, se
deu nova vida a ele; houve um verdadeiro renascer do Centro de Porto Alegre,
com atitudes, não diria corajosas, não sou um homem valente, sou um homem que
não tenho medo, apenas. Só isso. Ser valente e não ter
medo é diferente. Eu não tenho medo e fui fazer o que achei que devia fazer,
com o apoio do Prefeito Fogaça. As coisas aconteceram no Centro e, hoje, nós
podemos andar e ter orgulho do nosso Centro. Nós temos realmente, naquele
entorno do Mercado Público, que foi restaurado, que foi pintado, que teve os
pisos trocados enquanto eu era Secretário da SMIC, o Chalé da Praça XV, que
voltou a receber muitas pessoas durante todo o dia. O Centro mudou para melhor,
a cidade de Porto Alegre está mudando para melhor!
Eu espero,
sinceramente, que o Governo do Estado não atrapalhe o andamento das obras do
Cais! Este é o próximo objetivo de todos nós, porto-alegrenses e de quem nos
visita também: o Cais Mauá. Eu espero sinceramente que o Governo do Estado não
atrase essa obra! Nós precisamos completar esse ciclo de realizações e
benfeitorias para o Centro de Porto Alegre, que é o segundo bairro de todos nós.
Nós temos um outro
Projeto, que tramitou e foi aprovado pelos meus Pares – a quem agradeço muito
–, que são os estacionamentos subterrâneos. Os estacionamentos subterrâneos não
têm nada de novo, existem em todo o mundo: Argentina, São Paulo, Europa, Estados
Unidos. Mas há em Porto Alegre também. Embaixo da Avenida Padre Cacique, aquela
que passa em frente ao antigo Estaleiro Só, nós temos um estacionamento
subterrâneo que serve o Museu Iberê Camargo. Então, é um projeto que vai ajudar
muito o Centro, os bairros, e também a Redenção. Esse Projeto foi aprovado e
está sendo estudado para ser viabilizado economicamente, através de licitação,
de permissão de uso, de uma forma...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Idenir
Cecchim prossegue o seu pronunciamento, a partir deste momento, em Comunicação
de Líder.
O SR. IDENIR CECCHIM: Obrigado, Presidente.
Eu estava dizendo que os estacionamentos subterrâneos ajudarão muito a
facilitar a vida do cidadão, não só no Centro da Cidade, mas também nos
bairros, onde será possível construí-los sob as praças, sob os parques, nos
locais em que se pode disponibilizar vagas para que se estacione, para
facilitar e tirar a circulação ou o estacionamento de veículos nas avenidas e
liberar mais faixas de rolamento.
Eu queria também falar de um Projeto muito
importante que estamos discutindo, que tem o nome de Outdoor Zero, em Porto
Alegre, pelo abuso que existe, na cidade de Porto Alegre, em termos de outdoors, sem controle. Algumas dessas
empresas pedem licença na SMAM e já instalam o outdoor, independente de ter a
licença ou não. Há outdoor em faixa
da Prefeitura, em nesgas que sobram nas avenidas, em escolas municipais; é um
verdadeiro abuso. Esse setor é importante e não comunga com a maioria dessas
poucas empresas que fazem errado na Cidade.
Ver. João Dib, eu tenho a intenção de ajudar a
organizar um pouquinho este Projeto Outdoor Zero no tocante ao mobiliário
urbano.
Nós temos na Cidade muitos locais em que está
faltando uma simples placa de sinalização com o nome de rua! Não há placas nas
esquinas. Então, quem quiser explorar publicidade, pois bem, explore a
publicidade, mas que dê uma contrapartida para o cidadão de Porto Alegre.
Outro Projeto que estamos discutindo aqui, que é
muito importante, é que temos muito devedores de IPTU e de Taxa de Lixo já na
dívida ativa; estão muitos Processos andando na Procuradoria-Geral, há muito
dinheiro envolvido, só que tem muitas pessoas que devem R$ 10 mil ou 12 mil de IPTU
e não têm como pagar, eles estão na dívida ativa. Se nós fizermos como o
Governo Federal fez de fazer com que essas dívidas sejam renegociadas, mas não
com aquele custo de mais 20% de jurídico, de mais 10%... Que sejam renegociadas
essas dívidas em 80 vezes. Parece-me que no Governo Federal é em 82 vezes, nós
vamos dar a oportunidade para que essas pessoas que devem R$ 10 mil ou 12 mil
possam ficar em dia, que não fiquem na dívida ativa, para que elas possam estar
em dia com o Município, possam trabalhar, e o Município vai receber esse
dinheiro todo de uma forma parcelada, é verdade, mas, senão, não receberia,
porque não há condições de essas pessoas pagarem. E aqueles
que tiverem uma poupança, um dinheiro para quitar à vista podem receber a
absolvição da multa. O Município vai se beneficiar, o cidadão vai se
beneficiar. Esse Projeto é importante, e eu tenho certeza de que os Vereadores
e os meus colegas aqui votarão favoravelmente a que se dê oportunidade ao
cidadão que deve um pouco de imposto – pouco ou muito, alguns devem bastante –,
de pagar o Município. Não interessa haver recebíveis na Prefeitura, e a
Procuradoria tentando fazer uma lide na Justiça para cobrar, porque, às vezes,
a pessoa não tem, e não há como tirar a casa da pessoa.
Então, vamos dar uma
oportunidade para essas pessoas quitarem as dívidas, saírem da dívida ativa do
Município com esse Projeto simples, que apenas se adapta àquilo que o Governo
Federal já fez, para que os cidadãos de Porto Alegre possam ter esse benefício,
que será um benefício para o cidadão e para os cofres públicos do Município de
Porto Alegre.
Obrigado, Presidente;
obrigado, Vereadores, por terem me ouvido. Tenham todos um bom fim de semana.
Quero aproveitar para
avisar a quem está nos assistindo: cuidem muito dos locais fechados. Existe
essa gripe danada que já matou muitos gaúchos. Inclusive, ontem, recebi a
notícia da morte de um membro da família Tevah, uma senhora de 46 anos, que
morreu da gripe H1N1. Ela pega todos...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Presidente,
quero reafirmar o que disse o Dr. Thiago: essas vacinas, se aqui chegarem, que
comecem nas escolas, nas periferias, de preferência, com a família dessas
crianças, porque é um grande risco. Até nós chegarmos à periferia e falar que
deve lavar a mão, não pode beber água ali e não pode aqui, vai ser difícil. Em
bebedouros é difícil, ainda mais em colégios. Que comecem as vacinas por essas
crianças, nos colégios, nas periferias. Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver.
Tarciso faz o registro de que a vacinação comece pelas escolas, pela periferia.
É um apelo que nós fazemos à Coordenação da nossa Secretaria Municipal da
Saúde.
Solicito a abertura do painel eletrônico para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. João Antonio Dib.
(Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Sete Vereadores presentes.
Não há quórum.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 15h43min.)
* * * * *